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– Desculpe! – murmurou Frodo. – Mas a verdade é que estou assustado e não sinto pena nenhuma de Gollum.
– Não o viste – interrompeu Gandalf.
– Não. E não o quero ver – replicou Frodo. – Não posso compreender. Pretende dizer que o senhor e os elfos deixaram que ele continuasse a viver depois de todas esses horríveis actos? Agora, pelo menos, é tão mau como um orc e igualmente um inimigo. Merece a morte.
– Merece-a, sem dúvida. Muitos dos que vivem merecem morrer, e alguns dos que morrem merecem a vida. Podes dar a vida? Então não te apresses a dar a morte, pois nem o maior dos sábios conhece o fim de todos os caminhos. Não há muita esperança de que Golium tenha cura antes de morrer, mas, no entanto, essa possibilidade existe. E ele está ligado ao destino do anel. O coração diz-me que ainda tem um papel a desempenhar, para bem ou para mal, antes do fim. E quando isso acontecer, a compaixão de Bilbo poderá influenciar o destino de muitos. Também o teu. De qualquer modo, não o matámos: é muito velho e muito infeliz. Os elfos dos bosques têm-no prisioneiro, mas tratam-no com toda a bondade que conseguem encontrar nos seus sensatos corações.
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Como se retoma o curso de uma antiga vida?
Como se segue em frente?
Quando o teu coração…
Começa a entender…
Que não há como voltar…
Há certas coisas que o tempo não pode curar.
Algumas feridas são tão profundas…
Que te acompanham para sempre…
Lá de volta novamente. (Frodo)
As últimas lágrimas não são de véspera. (Gandalf)
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Frodo: Meu caro Sam, nem sempre é possível te desdobrares-te em dois, terás de ser um e corajoso por muitos anos, ainda tens tanto que desfrutar, para seres e para fazeres, tua parte da história vai continuar…
Sam: Bem, Estou de volta…
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